quarta-feira, 9 de junho de 2010

Gabriel Garcia Marquez: o escritor e o jornalista


Gabriel Garcia Marquez é um dos maiores escritores de língua espanhola do século XX, autor de livros como: Cem Anos de Solidão e Amor nos Tempos do Cólera, nasceu em Aracataca na Colômbia no ano de 1928. Formou-se como jornalista em Bogotá e atuou como correspondente internacional na Europa durante a década de 50. No final da década, já de volta à América, trabalhou na Venezuela e mais tarde foi diretor da agência Prensa Latina em Nova Iorque.

Em 1960, Gabriel deixa os Estados Unidos e vai morar na Cidade do México, onde trabalhou escrevendo roteiros para cinema, na mesma época publica seu primeiro romance, Ninguém Escreve ao General, e em 1967 lança sua principal obra, Cem anos de Solidão, que ainda é uma das maiores referências da literatura latina.

Na década de 70 volta à Colômbia, onde permaneceu até 1978 quando é expulso acusado de colaborar com a guerrilha. Em 1981 exila-se no México, onde lança, no mesmo ano, Crônica de Uma Morte Anunciada. Um ano depois recebe o Prêmio Nobel de Literatura. Ainda na mesma década escreve outra de suas principais obras, Amor nos Tempos do Cólera, e em 1989 publica O General em Seu Labirinto.

Ainda no México, lança Noticias de um Seqüestro, em 1996. Em 1999, volta ao jornalismo dirigindo a revista Cambio, em 2001 começa sua auto-biografia, publicando o primeiro volume intitulado Viver Para Contá-la. Atualmente vive na Colômbia onde escreve alguns textos de suas memórias e algumas crônicas para jornais do país.


Jayme Magalhães Neto

2 comentários:

  1. Bom, do García Marquez qualquer coisa que se falar é pouco. Mas tá massa, parabéns!

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  2. Boa tarde, blogueiros.

    Eu fico feliz por Gabriel García Mârquez ser latino-americano. Isto é aprova de que também temos cultura nos países da "periferia". Geralmente quem segue o modismo não lê livros clássicos. Preferem "Harry Potter", "A Saga Crepuscolo", "Augusto Cury" e por aí vai. Quem tem uma cultura mediana e mesmo quem é super-inteligente se aventura nos clássicos europeus e norte-americanos, deixando pra trás o que existe de bom aqui, no nosso continente. Li "Cem Anos de Solidão" a pouco tempo e amei. Espero que os leitores de García Mârquez proliferem.

    Deixo aqui uma análise que fiz da obra:

    Em "Cem Anos de Solidão", a sociedade é o resultado de um processo histórico e, portanto, humano, apesar de o autor finalizar o livro dando a entender que as profecias bíblicas são a verdade: “Macondo já era um pavoroso rodamoinho de poeira e escombros, centrifugado pela cólera do furacão bíblico, quando Aureliano [Babilonia] pulou onze páginas para não perder tempo com fatos conhecidos demais e começou a decifrar o instante em que estava vivendo [...]” (p.394). Em outras passagens, porém, o colombiano descreve as condições de vida dos trabalhadores: “Os operários da companhia estavam amontoados em barracos miseráveis. Os engenheiros, em vez de construir latrinas, traziam para os acampamentos, no Natal, um reservado portátil para cada cinqüenta pessoas e faziam demonstrações públicas de como utilizá-los para que durassem mais” (p.286). Esta situação se desdobraria numa guerra armada que, historicamente, alteraria a configuração do povoado de Macondo, tanto quanto as profecias.

    Logo, não é possível afirmar se Gabo era comunista ou cristão, talvez ele possuísse uma visão mais completada realidade.

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